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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Criminosos agem com extrema frieza

 A frieza dos bandidos surpreende cada vez mais. Até mesmo as autoridades policiais, delegados, escrivães, inspetores e policiais militares, profissionais acostumados a lidar diariamente com a criminalidade, ficam indignados diante da forma como os bandidos se comportam mesmo após terem sido presos.

Foi o que aconteceu na semana passada, depois que o turista italiano Giuseppe Paparone, 52, foi baleado durante um assalto em plena Avenida Washington Soares, no bairro Edson Queiroz. O crime ocorreu na noite do último dia 23, quando a vítima estava acompanhada de três amigos e o motor do carro em que o grupo viajava sofreu uma pane.

Aproveitando-se da situação, dois bandidos armados se aproximaram das vítimas e anunciaram o assalto. Mesmo não tendo reagido, Paparone acabou baleado e morreu, pouco tempo depois, no Hospital Geral de Fortaleza. Não demorou muito, e a Polícia conseguiu deter os dois suspeitos.

Sem arrependimento

No Conjunto Alvorada, policiais do Ronda do Quarteirão prenderam o jovem Kilmar Santana de Lima, que, apesar de ter apenas 22 anos, já possui um histórico de crimes. Seus antecedentes revelam uma recente passagem pelo presídio por conta de outros crimes de roubo. Menos de um mês após sair da cadeia, ele voltou a praticar delito e, dessa vez, tirou a vida de um cidadão.

Na Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur), onde o caso está sendo investigado através de inquérito, Kilmar surpreendeu a delegada Adriana Arruda quando, sem o menor constrangimento, disse que não estava arrependido de ter atirado no turista e causado a sua morte.

"Ele reagiu e eu atirei. Podia ser qualquer pessoa, eu tinha atirado", disparou o acusado quando era interrogado. Mesmo assim, a Polícia ainda aguarda o resultado dos exames de parafina e residuográfico para saber quem realmente atirou no turista, já que as testemunhas oculares do crime foram taxativas ao afirmar que foi o adolescente o responsável pelo disparo contra Paparone.

Outro fato que está sendo apurado pela Polícia diz respeito à origem da arma usada pelos assaltantes. O revólver calibre 38 não foi ainda encontrado, muito embora Kilmar tenha, na manhã seguinte ao crime, levado a Polícia ao local por onde fugiu com o comparsa. Ele insiste que jogou a arma fora, assim como os pertences das vítimas.

A delegada Adriana Arruda não descartou a possibilidade de a arma ter sido alugada aos dois assaltantes, prática que vem se tornando comum entre os criminosos.

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