A Liberty Mutual, uma das maiores seguradoras dos Estados Unidos, tem
um projeto de microsseguro na Colômbia. Esta operação, nos sete anos de
existência, já conta com 300 mil clientes protegidos por uma apólice de
seguro de vida e acidentes pessoais, criado para garantir o equilíbrio
financeiro dos beneficiários, em caso de morte natural ou acidental, bem
como por invalidez do próprio segurada.
O seguro, de US$ 1,60 por mês para garantir indenização de US$ 2 mil, é
vendido por meio da oferta realizada em contas de 13 concessionárias de
serviços de gás, luz, água e telefone. Além das contas, o produto tem
apoio de cerca de 200 pessoas que moram nas comunidades para explicar
como funciona o seguro e também atender à clientes quando o risco se
concretiza, informa José Raul Moreno, gerente nacional de affinity, na
Colômbia, presente na 7ª Conferência Internacional de Microsseguros,
realizada no Rio de Janeiro nesta semana.
Segundo ele, o principal desafio para se implementar um projeto de
microsseguro, com previsão de atingir o ponto de equilíbrio em dois
anos, é a falta de cultura da população de menor renda. Também conta
pontos na escala de dificuldade a falta de bancarização das classes D e
E. “Por isso, tão importante quanto criar programas de educação
financeira, é treinar as pessoas responsáveis por vender os produtos de
forma clara e transparente”, diz Moreno.
Em terceiro lugar, acrescenta, está a busca contínua por redução de
custos. “Neste tipo de operação, o que mais importa é criar um ambiente
favorável nas comunidades. Porém, num ambiente corporativo, não se pode
perder dinheiro. Nossas margens são pequenas, próximas de 2%. A grande
recompensa vem do trabalho e do aprendizado que esse projeto traz ao
grupo.
A Liberty Brasil investiga oportunidades de atuar em microsseguros.
“Não podemos deixar de acompanhar os movimentos de mercado, segundo
informou Marcelo Fama, diretor da Liberty Seguros, que esteve presente
nos três dias da conferência, aprendendo com os especialistas de todo o
mundo as experiências resgistradas nesses 10 anos de surgimento deste
segmento da indústria de seguros.[3]
Caso decida entrar neste segmento, com público potencial de 100 milhões
de pessoas nos proximos 20 anos, já conta com a experiência da
subsidiária da Colômbia. “Partilhar conhecimento neste segmento é
crucial. Mas com certeza, tudo terá de ser adaptado, pois os produtos
podem ser semelhantes, mas as culturas são completamente diferentes”,
ressalta Moreno.
Fonte: SEGS
Nenhum comentário:
Postar um comentário