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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

MP investiga cemitério de Carlos Nelson

Por: Lucas Valério

O Ministério Público instaurou no mês de setembro um Inquérito Civil para apurar denúncias de ilegalidades relacionadas ao serviço público municipal de exploração de cemitérios. O inquérito, de autoria da promotora de justiça Cristiane Correa de Souza Hillal, coloca como alvo o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB).
 
Segundo as denúncias recebidas e levantadas pela promotoria, Carlos Nelson, sócio majoritário do cemitério de alto padrão ‘Colina das Flores’, não estaria investindo na ampliação do Cemitério Municipal da Saudade, ou na aquisição de área para abrigar um novo, com o intuito de negociar o seu próprio empreendimento com o município quando o Saudade não conseguir mais atender a população. Segundo o inquérito, a capacidade máxima do cemitério municipal deverá atingir sua capacidade máxima em três anos.
 
O empreendimento de Carlos Nelson fica nas proximidades da estrada que liga Mogi Mirim à Mogi Guaçu, área tida pelo inquérito como localizada em “local valorizado pela construção de um novo acesso... obra esta realizada pela Prefeitura Municipal de Mogi Mirim” no exercício do atual chefe do executivo.
 
A promotoria ainda questionou à época se a atividade relacionada ao cemitério e ao serviço funerário estava regularizada em Mogi Mirim, destacando que ambos competem ao município, seja de forma direta ou delegada, de acordo com a Constituição Federal de 1988. O questionamento resultou na discussão entre proprietários de funerárias e administração, já que a situação das funerárias estava irregular.
 
Com o inquérito instaurado, a promotoria oficiou a prefeitura indagando sobre a existência de algum plano concreto de estruturação e ampliação do Cemitério Municipal, sobre quantos e quais cemitérios particulares existem na cidade e que exploram os serviços funerários sem prévia licitação ou formal delegação.

PREFEITURA

 
Em resposta aos questionamentos do MP, a prefeitura afirmou que existem estudos de implantação de columbários na área livre existente, o que, segundo a administração, aumentaria em 16 anos a vida útil do cemitério. “Também existe a possibilidade de ampliação do local e até mesmo de implantação de um novo cemitério, mas ambas as hipóteses exige alta dotação orçamentária, devido à necessidade de desapropriação”, ressalta a justificativa enviada pelo executivo em outubro. A prefeitura afirmou que o Departamento de Serviços Municipais (DSM) vem buscado a melhor alternativa para atender a demanda e que provisoriamente vem sendo realizada a recovagem das sepulturas temporárias, o que demanda tempo, já que a administração do cemitério entra em contato com cada família em busca da necessária autorização
Fonte: A COMARCA

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