Por: Jorge Júnior
A criação de um crematório e de um cemitério vertical em Juiz de
Fora, que foi apontada durante audiência pública, em julho deste ano, na
Câmara Municipal como alternativa para solucionar os problemas dos 15
cemitérios da região já tem data prevista.
De acordo com as informações da assessoria da Secretaria de
Atividades Urbanas (SAU) da Prefeitura, a primeira fase do projeto
deverá ficar pronta até o final de 2013. O espaço terá o nome Memorial
de Juiz de Fora.
A obra está sendo construída em um terreno de 50 mil m², no bairro
Marilândia, próximo a pista do Aeroporto. No local, 42 mil lóculos serão
construídos, sendo que 10% serão destinados aos indigentes da cidade,
como prevê legislação municipal. A estimativa é de que o empreendimento
custe R$ 55 milhões. Ainda de acordo com a SAU, a construção do
cemitério irá gerar de 350 a 400 vagas de empregos direto.
O feito é um
empreendimento particular, que envolve cinco empresários.
Trânsito é alterado próximo aos cemitérios Municipal e Parque da
SaudadeCriação de crematório e de cemitério vertical pode reduzir
transtornos enfrentados nos cemitériosCrânio humano é encontrado dentro
do Rio MuriaéObra causa polêmica
Com a chegada do crematório e do cemitério vertical,
proprietários de terrenos do entorno temem que a construção prejudique o
meio ambiente. O Portal ACESSA.com recebeu a denúncia de uma
internauta, dizendo que o local onde a obra está sendo feita é uma área
de preservação ambiental. Ainda de acordo com a delação, moradores da
região estariam realizando um abaixo-assinado para que a obra seja
vetada.
No entanto, a assessoria da SAU afirmou que o departamento está
fiscalizando a obra de perto. Além disso, o órgão descartou a
possibilidade de haver prejuízo para a população e o meio ambiente.
O ecologista Theodoro Guerra explicou que a construção de um
crematório deve ser feita com cautela, uma vez que o projeto irá
armazenar cinzas humanas. Segundo Guerra, é fundamental que os cuidados
sejam redobrados, para que não ocorra nenhum tipo de poluição na
atmosfera. “Se a obra for bem feita, o impacto terá uma menor
intensidade. Filtros e aparelhos de controle de poluição atmosférica
também devem ser implantados.”
O ecologista destacou que o monitoramento da obra tem que ficar a
cargo da Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Semad). “O licenciamento deve ser em nível estadual.”
Com
isso, a SAU informou que, por meio de um convênio com a Semad, todas as
questões de documentação estão sendo verificadas pelo município. O
projeto arquitetônico e o licenciamento já foram aprovados.
Fonte: CORREIO DO BRASIL
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