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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Justiça decide até o final da semana

Patu - A juíza de plantão Welma Menezes, da Comarca de governador Dix-sept Rosado, e o juiz de plantão Edino Jales, da Comarca de Janduís, concederam 72 horas para o presidente da Câmara de Patu, Alexandrino Suassuna, o "Xanxam", apresentar a defesa na acusação de que teria aplicado um golpe na eleição da Câmara.
Até o final desta semana, a Justiça vai decidir se anula esta eleição, que na prática, escolheu o prefeito pelos próximos três meses.A eleição na Câmara aconteceu no último dia 1º e provocou revolta na população de Patu. É que os vereadores da oposição tinham votos para vencer a eleição. A oposição é liderada em Patu pelo ex-prefeito Ednardo Moura, que chegou a vencer a eleição passada, mas teve o seu registro cassado.
Segundo Ednardo Moura, Xanxam mudou o regimento interno da Câmara sem que ninguém da oposição ficasse sabendo e, no dia, com o Regimento da Câmara em mãos, conseguiu impedir que a oposição registrasse a chapa para concorrer a presidência da casa. O vencedor, automaticamente, assumiria o comando da Prefeitura Municipal até o dia 27 de março, quando será divulgado o resultado da eleição suplementar.Ainda conforme denunciada por Ednardo Moura, Xanxan assumiu a Prefeitura Municipal e outro aliado dele a presidência da Câmara. A população de Patu não aceitou a decisão.
Na noite de sábado (3), saíram às ruas vestidos de preto, protestando o que eles chamaram de um "golpe". A caminhada foi realizada de forma pacífica e ordeira seguindo pelas Avenidas Lauro Maia, Rafael Godeiro e Antônio Suassuna, terminando próximo à Churrascaria Boi na Brasa, bairro de Nova Brasília. Vários pronunciamentos foram feitos mostrando à população o golpe que foi dado pelo grupo situacionista para continuar no poder.
Usaram a palavra: vereadora Lucélia Ribeiro Dantas (PT), Atimar Godeiro, vereadora Maria Helena Gentil, Ednardo Moura e o deputado estadual Gilson Moura (PV). Durante a caminhada, a esposa de Ednardo Moura, Evilásia Gildene, sofreu uma pedrada na cabeça. Ela não viu de onde partiu a pedra.Na Justiça, Ednardo Moura disse que os advogados pediram a anulação da eleição para presidente da Câmara imediatamente. Mas a juíza Welma Menezes agiu com cautela. Deixou para o colega Edino Jales, que por sua vez não anulou de imediato a eleição e determinou que o vereador Xanxan apresente defesa em 72 horas.
Os advogados de Ednardo Moura ainda recorreram, mas não conseguiram reverter o quadro. Agora esperam que até o final desta semana a Justiça anule a eleição para presidente da Câmara, que, na prática, vai assumir é a Prefeitura Municipal.

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