Com apenas 20% de ocupação, o cemitério Jardim Metropolitano já projeta para 2014 a construção de um setor nobre dentro do espaço, que incluíra um mausoléu e um heliponto. “O mercado de cemitérios teve um salto de qualidade nos últimos dez anos. O número de vagas teve uma crescente, porém, a população teve um salto ainda maior. Temos terrenos ao redor do cemitério e vamos seguir no nosso processo de expansão”, destaca Moacir Pinto Filho, proprietário do Jardim Metropolitano.
Os preços dos jazigos variam de acordo com a localização do túmulo no cemitério, os mais próximos à entrada principal chegam a custar R$ 12 mil. Para os clientes que não têm lugar reservado, o cemitério empresta a sepultura por até três anos, período depois do qual a família tem a opção de exumar os restos mortais ou comprar um espaço definitivo.
Mas o setor tem queixa, a alta inadimplência com a taxa de manutenção dos túmulos. Segundo o diretor do cemitério Parque da Paz, Newton Padilha, inadimplência é de 35%.
“Cobramos um valor ínfimo de R$ 32 e mesmo assim temos a inadimplência como o maior problema para continuar os investimentos. As pessoas só deixam para pagar quando precisam usar o jazigo e muitas vezes o valor já está bem acima do que ela pode arcar”, enfatiza.
O Parque da Paz tem 24 mil jazigos vendidos e segundo Padilha, se houvesse um planejamento maior das famílias os números poderiam ser ainda maiores. “Temos a venda de oito a dez jazigos mensais. As pessoas não se programam e só lembram-se desse detalhe quando precisam”, diz. Fora do mercado de funerárias e cremação, onde não há inadimplência, o proprietário enfatiza que a preservação da tradição dos negócios da família ainda é a melhor forma de crescer no mercado.
“Fizemos um pesquisa de mercado sobre o processo crematório e percebemos que ela não valia a pena porque nossa clientela é mais elitizada e ainda tem receio sobre a cremação. E sobre planos funerários, queremos nos dedicar somente aos sepultamentos, já temos funerários demais para fazer esse serviço”, pontua.
Tradição
Na contramão dos empreendimentos modernos, o cemitério São João Batista mantém seu tradicionalismo e tem poucos espaços para venda. Com túmulos que pertencentes a tradicionais famílias da Capital, a direção do cemitério afirma que a comercialização dos túmulos acontece entre as próprias famílias, cabendo à direção apenas realizar a cobrança da taxa de transferência.
“Não temos mais espaço para crescer, por isso não oferecemos mais vagas. As vendas acontecem de pessoas que já tem túmulos e ofertam para terceiros. Com os novos cemitérios, as pessoas tem preferido investir lá”, comenta Layane Gadelha, da administração do cemitério.
Com túmulos exuberantes, é possível encontrar jazigos decorados com diferentes símbolos que remetem ao poderio financeiro que as famílias queriam demonstrar antigamente. “As famílias tradicionais preferem manter os túmulos da mesma forma, apenas algumas reformas”, finaliza Layane. (João Bandeira Neto)
Números
12 mil reais é a quanto pode chegar o valor de um jazigo em Fortaleza
3 mil reais é possível encontrar jazigos em Fortaleza a partir desse valor
35% é a inadimplência no Parque da Paz segundo o proprietário
Os preços dos jazigos variam de acordo com a localização do túmulo no cemitério, os mais próximos à entrada principal chegam a custar R$ 12 mil. Para os clientes que não têm lugar reservado, o cemitério empresta a sepultura por até três anos, período depois do qual a família tem a opção de exumar os restos mortais ou comprar um espaço definitivo.
Mas o setor tem queixa, a alta inadimplência com a taxa de manutenção dos túmulos. Segundo o diretor do cemitério Parque da Paz, Newton Padilha, inadimplência é de 35%.
“Cobramos um valor ínfimo de R$ 32 e mesmo assim temos a inadimplência como o maior problema para continuar os investimentos. As pessoas só deixam para pagar quando precisam usar o jazigo e muitas vezes o valor já está bem acima do que ela pode arcar”, enfatiza.
O Parque da Paz tem 24 mil jazigos vendidos e segundo Padilha, se houvesse um planejamento maior das famílias os números poderiam ser ainda maiores. “Temos a venda de oito a dez jazigos mensais. As pessoas não se programam e só lembram-se desse detalhe quando precisam”, diz. Fora do mercado de funerárias e cremação, onde não há inadimplência, o proprietário enfatiza que a preservação da tradição dos negócios da família ainda é a melhor forma de crescer no mercado.
“Fizemos um pesquisa de mercado sobre o processo crematório e percebemos que ela não valia a pena porque nossa clientela é mais elitizada e ainda tem receio sobre a cremação. E sobre planos funerários, queremos nos dedicar somente aos sepultamentos, já temos funerários demais para fazer esse serviço”, pontua.
Tradição
Na contramão dos empreendimentos modernos, o cemitério São João Batista mantém seu tradicionalismo e tem poucos espaços para venda. Com túmulos que pertencentes a tradicionais famílias da Capital, a direção do cemitério afirma que a comercialização dos túmulos acontece entre as próprias famílias, cabendo à direção apenas realizar a cobrança da taxa de transferência.
“Não temos mais espaço para crescer, por isso não oferecemos mais vagas. As vendas acontecem de pessoas que já tem túmulos e ofertam para terceiros. Com os novos cemitérios, as pessoas tem preferido investir lá”, comenta Layane Gadelha, da administração do cemitério.
Com túmulos exuberantes, é possível encontrar jazigos decorados com diferentes símbolos que remetem ao poderio financeiro que as famílias queriam demonstrar antigamente. “As famílias tradicionais preferem manter os túmulos da mesma forma, apenas algumas reformas”, finaliza Layane. (João Bandeira Neto)
Números
12 mil reais é a quanto pode chegar o valor de um jazigo em Fortaleza
3 mil reais é possível encontrar jazigos em Fortaleza a partir desse valor
35% é a inadimplência no Parque da Paz segundo o proprietário
Fonte: FUNERÁRIA ON-LINE
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