Imagine receber, além da notícia de que perdeu um ente querido, uma
ligação por telefone informando que o corpo transportado para o velório
não é o do seu parente. Um caso assim aconteceu nesta quarta-feira (23)
no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Após cinco dias de
sofrimento buscando atendimento para manter a vida da mãe que teve um
Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, o representante comercial
Paulo César Corrêa da Silva, 36 anos, soube, na terça-feira, que Maria
de Fátima Machado, 58 anos, não havia resistido. Como órgãos da dona de
casa foram doados, a liberação para o sepultamento só ocorreu na quarta.
Chamado pelo Clínicas, Silva deixou o hospital achando que transportava
da Capital para Parobé, no Vale do Paranhana, o corpo da mãe. Para
surpresa dele e do funcionário da funerária, o telefone tocou quando
eles passavam por Canoas, na Região Metropolitana. — Ligaram do hospital
dizendo que tínhamos levado o corpo errado, mas só tinha um óbito no
local que entramos e uma funcionária nos disse que era a minha mãe —
relata Silva. Avisado pela manhã de que o corpo seria liberado por volta
das 11h, o filho tentou reconhecer o corpo que estava enrolado em um
lençol branco, mas passou mal e precisou ser retirado do local. Sem
cogitar a possibilidade de que não fosse a mãe, Silva permitiu que a
funerária se encarregasse dos procedimentos necessários para liberação.
Ele acredita que alguém da empresa responsável pelo ritual fúnebre do
outro corpo tenha sido o responsável por identificar o erro da
instituição. A situação só foi se resolver cerca de quatro horas depois.
— Tive de reconhecer o corpo com medo que tivessem trocado de novo. Se
ninguém tivesse me ligado, só ia ver que não era minha mãe quando
abrisse o caixão no velório — conta o representante comercial. (ZH)
Fonte: LIBERDADE BOM SUCESSO
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